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BANCO ZOOMORFO ETNIA MEHINAKO
Medidas: 53 cm x 15 cm x 23 cm
Peso: 3,700 kg
Codigo: 4228
Banco de Madeira Xinguano
Para fazer um banco xinguano é preciso entrar e ficar na mata por pelo menos
uma semana. Primeiro o índio adentra a floresta procurando sua árvore. Roxinho,
lixeira, piranheira. No facão e no machado ele a derruba com ajuda de parentes.
Tronco pesado, impossível carregá-lo até a aldeia. É preciso dividir em partes. Uma
árvore pode render muitos bancos, depende do tamanho do banco, tamanho da árvore.
Se a peça for muito grande os primeiros entalhes precisam ser feitos ali
mesmo no mato. Mais entalhe, menos madeira, mais leve pra carregar no ombro até a
aldeia.
Em casa, na oca, com calma e precisão o índio xinguano faz os acabamentos
necessários, imprimindo na peça toda sua intimidade com o animal. Num rosto de
madeira, a expressão certeira de um macaco ou o formato dos músculos da onça no
seu caminhar.
Por último a pintura. Jenipapo faz o preto, urucum o vermelho. O pincel: uma
tala de buriti, da mesma maneira como pinta seu próprio corpo. Expressa nas cores
traços da natureza: as ondas do rio, pele de cobra, casca de árvore. Encrusta na peça
sua marca: o grafismo xinguano.
Por fim os olhos. Um pouco de cera de abelha preta serve como cola, e uma
simples conta de caramujo, redondinha feita na faca, brilha os olhos do animal. Um
acabamento sutil, mas fatal.
Os olhos do banco de madeira brilham. As vezes, tamanha perfeição, parece
que se mexem, sonho que andam por ai. Não sei se ganham vida....uma energia
animal....
BANCO ZOOMORFO ETNIA MEHINAKO
BANCO ZOOMORFO ETNIA MEHINAKO
Medidas: 53 cm x 15 cm x 23 cm
Peso: 3,700 kg
Codigo: 4228
Banco de Madeira Xinguano
Para fazer um banco xinguano é preciso entrar e ficar na mata por pelo menos
uma semana. Primeiro o índio adentra a floresta procurando sua árvore. Roxinho,
lixeira, piranheira. No facão e no machado ele a derruba com ajuda de parentes.
Tronco pesado, impossível carregá-lo até a aldeia. É preciso dividir em partes. Uma
árvore pode render muitos bancos, depende do tamanho do banco, tamanho da árvore.
Se a peça for muito grande os primeiros entalhes precisam ser feitos ali
mesmo no mato. Mais entalhe, menos madeira, mais leve pra carregar no ombro até a
aldeia.
Em casa, na oca, com calma e precisão o índio xinguano faz os acabamentos
necessários, imprimindo na peça toda sua intimidade com o animal. Num rosto de
madeira, a expressão certeira de um macaco ou o formato dos músculos da onça no
seu caminhar.
Por último a pintura. Jenipapo faz o preto, urucum o vermelho. O pincel: uma
tala de buriti, da mesma maneira como pinta seu próprio corpo. Expressa nas cores
traços da natureza: as ondas do rio, pele de cobra, casca de árvore. Encrusta na peça
sua marca: o grafismo xinguano.
Por fim os olhos. Um pouco de cera de abelha preta serve como cola, e uma
simples conta de caramujo, redondinha feita na faca, brilha os olhos do animal. Um
acabamento sutil, mas fatal.
Os olhos do banco de madeira brilham. As vezes, tamanha perfeição, parece
que se mexem, sonho que andam por ai. Não sei se ganham vida....uma energia
animal....